terça-feira, 7 de janeiro de 2014

SOCIOPSICODRAMA X DANÇA


A Prof. Maria Inês Tavares Pinto Coelho,apresentou em sua aula, uma interface entre o Psicodrama e os espetáculos do Grupo Corpo: “21 e Lecuona”.

Neste encontro da rica apresentação do Grupo Corpo e o Psicodrama, obtivemos a oportunidade de ver a arte nos instruindo com relação as composição teórica, etapas, instrumentos e técnicas do Sociopsicodrama.


Sendo estas:

Psicodrama: Método terapêutico que busca a verdade interior através da AÇÃO, criado por Jacob Levy Moreno.

Ação: É a revelação das idéias e da imaginação em movimento. Cecília Caram

Matriz de Identidade: A matriz de identidade é um lugar pré-existente, modificado pelo nascimento do indivíduo, dissolve-se gradualmente, à medida que a criança vai ganhando autonomia.
O primeiro universo termina quando a experiência infantil de um mundo em que tudo é real começa a se decompor em fantasia e realidade. Moreno

Átomo Social: Configuração de todas as relações significativas de uma pessoa, criando novos relacionamentos.
É mutável, dinâmico, iniciado com a presença da figura materna e modificado com o passar do tempo.

Papel: É a forma de funcionamento que o indivíduo assume no momento em que reage a uma situação específica na quais outras pessoas ou objetos estão envolvidos.
Os papéis não decorrem do eu, mas a personalidade do indivíduo se forma pelo desenvolvimento de papéis.
Quando os papéis estão rígidos, repetimos o movimento e não criamos algo novo.

Conserva Cultural: É tudo o que se mantém repetitivo e idêntico em uma determinada cultura: valores, usos e costumes, padrões, o já produzido, o que já está pronto e concluído.
Todo resultado de um processo de criação pode cristalizar-se como conserva.

Espontaneidade: Capacidade do indivíduo dar uma resposta adequada a uma situação nova ou uma nova resposta a uma situação antiga.

Criatividade: Um ato gerado, uma produção inédita, estimulada e dirigida pela espontaneidade. O seu produto final, novo, transformador, renovador.

Tele: Percepção interna. Um ato gerado, uma produção inédita, estimulada e dirigida pela espontaneidade. O seu produto final, novo, transformador, renovador mútua entre dois indivíduos.
Comunicação recíproca, real, que compreende a empatia ocorrida em duas direções. Fator responsável pela comunicação imediata, não verbal, que aproxima duas pessoas.

Encontro: Realização própria através do outro. Mútua disponibilidade de duas pessoas capazes de se colocarem uma no lugar da outra.

Etapas do Sociopsicodrama:

Aquecimento: Criação de um clima inicial para liberar a espontaneidade, catalisar a criatividade e escolher o protagonista.

Dramatização: É o momento da ação: protagonista e egos-auxiliares em cena.

Sharing / Compartilhamento: É a participação terapêutica do grupo ao compartilhar sentimentos e emoções advindas da dramatização.

Processamento: Reflexões teóricas sobre a sessão de psicodrama vivenciada.

Instrumentos do Sociopsicodrama:

Diretor: Inicia a sessão, realiza o aquecimento, decide quem será o protagonista, intervém na dramatização e dirige os egos-auxiliares, encena a ação, coordena o “sharing”, o processamento e finaliza a sessão.

Protagonista (o cliente): Traz o tema, constrói o contexto dramático e dramatiza. É ator e autor.

Ego-auxiliar: Sendo um prolongamento do diretor e um apoio ao protagonista, o ego-auxiliar é uma espécie de intermediário entre eles. Talvez pudéssemos chamá-lo de coadjuvante.

Palco: Espaço onde se realizam as cenas.

Platéia (grupo): Observa, sente, reage, compartilha e co-labora com o protagonista.

Técnicas do Sociopsicodrama:

Inversão de Papeis:O protagonista repete a cena que acaba de representar assumindo o papel do outro. A pessoa, ao sair de si mesma, torna-se capaz de perceber objetivamente sua própria atitude em relação aos outros.

Duplo: Expressa todos os sentimentos e sensações que o protagonista não percebe ou evita explicitar na cena. Uma espécie de consciência auxiliar.
O ego-auxiliar coloca-se ao lado do protagonista, adotando ao máximo a sua atitude postural e afetiva, tentando identificar-se com ele e exprimir os seus sentimentos.

Solilóquio: Dizer em voz alta o que se está pensando como em uma conversa com seu próprio travesseiro.
Monólogo que faz surgir conteúdos não expressos, mas verdadeiros no mundo interior da pessoa e que precisa ser escutado por ela mesma.

Espelho: Técnica em que o sociopsicodramatista assume o lugar do protagonista, dando a ele a consciência de si mesmo.

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