terça-feira, 15 de abril de 2014

Reforçando Conceitos - Parte II

Eu venho, sem ser convidado
e sou uma inesperada ajuda.
Eu sou toda a constância.


J. L. Moreno


- O que e Matriz Identidade?
O conceito de Matriz é um dos núcleos básicos do pensamento Moreniano. É nela que se inicia a Rede de Relações, com todo o seu Universo de Ações e Interações do Encontros e Desencontros, que levarão os indivíduos através da aprendizagem a Tomar, Desempenhar, Treinar e Criar Papéis e a se constituírem de forma Evolutiva e Dinâmica dentro do Átomo Social. É necessário compreender que a Matriz proposta por Moreno não ocorre de forma linear. Cada criança tem seu próprio tempo e segue um contínuo desenvolvimento. A constituição do indivíduo se estabelece por interações do organismo com os fatores socioculturais e sua força criativa e construtiva. Portanto, para compreender a identidade humana em Moreno, há que se levar em conta o conceito de Matriz, o Locus, o lugar do nascimento dos “acontecimentos básicos”:
 
Moreno descreve cinco etapas da formação da Matriz, que depois resume em três:

a) fase da Indiferenciação:onde a criança, a mãe e o mundo são uma coisa só. O EU e o mundo imediato é a mesma coisa. Isolamento Orgânico;
b) fase onde a criança concentra a atenção no outro, esquecendo-se de si mesma;
c) movimento inverso: a criança está atenta a si mesma, ignorando o outro;
d) fase onde a criança e o outro estão presentes de maneira concomitante; a criança já se arrisca a tomar o papel do outro, embora não suporte o outro no seu papel;
e) fase na qual já se aceita a troca de papéis (inversão de papéis).

Depois ele agrupou as fases, dividindo-as em apenas três:

a) Fase do Duplo: fase da indiferenciação, onde a criança precisa sempre de alguém que faça por ela aquilo que não consegue fazer por si própria, necessitando, portanto, de um ego-auxiliar. Dependência total – Papel Psicossomático – Corpo – Isolamento Orgânico. Papéis aglutinados;
b) Fase do Espelho: diferenciada; existem dois movimentos que se mesclam, o de concentrar a atenção em si mesma, esquecendo-se do outro e o de concentrar a atenção no outro, ignorando-se a si mesma (exemplo disso pode ser o de quando a criança olha a sua própria imagem no espelho e não se identifica como ela mesma, ela só diz: olha o nenê.). Percepção à distância – Tele – início da separação – Reconhecimento do TU – Brecha entre Fantasia/Realidade – Papel Psicodramático;
c) Fase de Inversão: em primeiro lugar, existe a tomada do papel do outro para em seguida haver a inversão concomitante dos papéis. Psicossocial – Papel Social.


- Na introdução da Teoria da Espontaneidade do Desenvolvimento Infantil.
Moreno traça diferenças entre as teorias do desenvolvimento infantil. Como e o recém - nascido na concepção Moreniana?
Moreno acreditava que a terceira dimensão da pesquisa infantil que tem sido largamente negligenciado. Em vez de considerar a criança do ponto de vista dos organismos inferiores, tentando interpreta-la como um pequeno animal, em termos de psicologia animal, e em vez de interpreta-lo como um pequeno neurótico ou pequeno selvagem, pelo neurótico, e pertinente encarar sistematicamente o bebê humano desde a plataforma dos mais elevados exemplo concretos de expressão e realização humanas - referimos aqui, literalmente, aos gênios da raça - interpretando o como um gênio em potencial.
Pressupomos aqui que, nos gênios da raça, certas capacidades e aptidões básicas latentes, comuns a todos os homens, encontraram sua mais dramática expressão. Tem uma intensidade que e mais difícil de ser enxergada no indivíduo mediano. Sua natural e continua espontaneidade e criatividade, não só em raros momentos mas como uma expressão cotidiana, fornece - nos indícios para compreender a criança, que não podem ser desprezados, a menos que consideramos todos os gênios da raça humana como aberrações.
O que esta no algo de sua apaixonada existência deve ser e coisa mais positiva e substancial que esta latente em toda e qualquer criança pequena.

∑- Moreno considera a situação do nascimento a primeira preparação para o Estados Espontâneos. O Processo de Aquecimento Preparatório e fundamental para a Matriz de Identidade:

 
* Qual a sua importância para o nascimento?
O momento do nascimento e o grau máximo de aquecimento preparatório do ato espontâneo de se estar nascendo para um novo ambiente a que o nascituro terá de ajustar se rapidamente. Não é um trauma mas o estágio final de um ato para o qual foram requeridos 09 meses de preparação. A criança e o ator. Tem que atuar em papeis sem possuir um ego ou personalidade para desempenha-los. Tal como o ator improvisado, cada passo que da no mundo é novo.

* Qual e a primeira manifestação básica da espontaneidade?
Ao nascer, o bebê transfere se para um conjunto totalmente estranho de relações. Não dispõe de modelo algum, de acordo com o qual possa dar forma aos seus atos defronta se com uma nova situação, mais do que em qualquer outra época da sua vida subsequente. A essa respostas do indivíduo a uma nova situação - e a nova resposta a uma antiga situação - chamamos de espontaneidade.

* Qual e a importância do Ego Auxiliar (mãe, parteiras, amas) no Processo de Aquecimento e no Desempenho Infantil de Papeis?
As crianças necessitam de auxiliares para comer, dormir ou deslocar se no espaço a sua volta. Do ponto de vista da criança, esse auxiliares apresentam se como extensões do seu próprio corpo, enquanto ela e demasiado fraca e imatura para produzir essas ações por seu próprio esforço. Devem ser lhe proporcionados pelo mundo exterior: mãe, pai, ama. A uma extensão do ego da pessoa, necessária a uma existência adequada e que deve ser fornecida por uma pessoa substituta, demos o nome de "ego auxiliar".

- Moreno diz que o conceito do Ego Auxiliar no desenvolvimento infantil unificou várias teorias e mostrou que a relação até e filho e uma dupla relação. Desenvolva mais o assunto.
As crianças ao nascerem necessitam de auxiliares para comer, dormir ou deslocar se no espaço a sua volta. Do ponto de vista da criança, esses auxiliares apresentam se como extensões do seu próprio corpo, enquanto ela e demasiado fraca e imatura para produzir essas ações por seu próprio esforço. Devem ser lhe proporcionados pelo mundo exterior, mãe, pai e ama. A uma extensão do ego da pessoa, necessária a uma existência adequada e que deve ser fornecida por uma pessoa substituta, demos o nome de "ego auxiliar".
No Psicodrama o Ego Auxiliar tem duas funções - a de retratar papeis e de guia.
O contexto natural da relação mãe - filho e comparável a relação sujeito- ego auxiliar da situação Psicodramática. Também a mãe tem duas funções: uma e a de atuar adequadamente no papel de mãe, a outra e a de desenvolver um quadro nítido das necessidades e do ritmo do bebê, a fim de que possa aquecer se para as exigências dele, a fim de ajuda ló a funcionar adequadamente.
A relação mãe - filho é uma dupla relação, envolvendo mais uma ação cooperativa do que padrões de comportamento individual separados entre si.
 - A Matriz de Identidade é formada pela coexistência e lança os alicerces do primeiro processo de aprendizagem emocional da criança. Em quantas fases se desenvolve a Matriz de identidade? Descreva as. Qual e a base psicológica dessas fases para o processo de desempenho de papeis e dos fenômenos como a imitação, identificação, projeção e transferência?
A Matriz de Identidade se desenvolve em cinco fases:

* A primeira fase consiste em que a outra pessoa é formalmente uma parte da criança, isto é a completa e espontânea identidade.
* A segunda fase consiste em que a criança concentra sua atenção na outra e estranha parte dela.
* A terceira fase consiste em separar a outra parte da continuidade da experiência e deixar fora todas as demais partes, incluindo ela mesma.
* A quarta fase consiste em que a criança esta ativamente na outra parte incluindo ela mesma.
* A quinta fase consiste em que a criança representa o papel da outra, a respeito de outra pessoa, a qual por sua vez representa o seu papel. Com esta fase, completa se o ato de inversão de papeis.
Estas cinco fases representam a base psicológica para todos os processos de desempenho de papeis e para fenômenos tais como a imitação, a identificação, a projeção, e a transferência.

- A Matriz de Identidade á a Placenta Social da criança, o locus onde suas raízes são mergulhadas. Proporciona ao bebê humano segurança, orientação e guia. Quais são as características principais do primeiro universo e do segundo universo? Qual a importância da Brecha entre a fantasia e a realidade?
O Primeiro Universo: a matriz da identidade é a placenta social da criança, o locus em que ela mergulha suas raízes. Proporciona ao bebê humano segurança, orientação e guia. O mundo em torno dele, que denominamos primeiro universo que distingue do Segundo Universo.
No Segundo Universo, a matriz de identidade dissolve se gradualmente à medida que a criança vai ganhando autonomia, isto e desenvolve se um certo grau de auto- arranque numa função após outra, tais como alimentação, a eliminação, a capacidade de agarrar coisa e a locomoção, começa a declinar a sua dependência dos egos auxiliares.
No inicio do segundo universo, a personalidade passa a estar normalmente dividida. Formam se dois conjuntos de processos de aquecimento preparatório, o atos da realidade e o atos da fantasia.
A brecha destes atos permitem a criança estabelecer meios que permitem a mesma ganhar completo domínio da situação, vivendo em ambos os caminhos mas capaz de transferir se um do outro. O fator que pode garantir esse domínio para uma rápida transferência e a espontaneidade mas, obviamente, não a espontaneidade com um fator instintivo a que se possa ter maior ou menor acesso, e sim como um principio consciente e construtivo na construção da personalidade - o treino da espontaneidade.

- Como é desenvolvido o Tempo, o Momento, o Espaço na evolução infantil? Qual a sua importância para desenvolvimento do fator Tele?
Para a criança, primeiro existe apenas o presente, o passado demora um pouco mais para se desenvolver. O espaço psicológico do bebê, o sentido de proximidade e distancia vai-se desenvolvendo e a criança começa a ser atraída para pessoas e objetos ou a afastar-se deles. Este é o primeiro Reflexo Social que indica o aparecimento do fator Tele, e é o núcleo dos subseqüentes padrões de atração-repulsão das emoções especializadas. Em sua forma primitiva, o fator tele deve ser indiferenciado, ou seja, uma tele de matriz de identidade; gradativamente, dá-se a separação de uma tele para objetos e uma tele para pessoas.

  - Faça um paralelo entre Tele e Transferência.
A transferência desempenha um papel definido mas limitado nas relações inter pessoais. Os indivíduos normais mostram afinidades seletivas a respeito de algumas pessoas, e algumas pessoas podem, por sua vez, manifestam afinidades seletivas a respeito deles. Em cada tipo de situação social, no amor, no trabalho e nas situações lúdicas, essa preferência por um outro indivíduo ou a preferência de um outro indivíduo por ele não se deve, pelo menos na grande maioria dos casos, a uma transferência simbólica, não tem motivações neuróticas, porquanto e devida a certas realidades que essa outra pessoa consubstancia e representa.
Tele da relação é um complexo de sentimentos que atrai uma pessoa para uma outra podendo ser através de  atributos individuais e coletivos.
A transferência é um processo estritamente subjetivo do paciente ou de qualquer outra pessoa partícula, enquanto o processo de Tele e um sistema objetivo de relações interpessoais. Além do fator (espontaneidade), e o fator Tele que atua na cura e não a transferência. A transferência é o fator que a estorva.
A relação Tele pode ser considerada o processo interpessoal geral de que a transferência é uma excrescência psicopatológica especial . Por conseguinte, subjacente em todo e qualquer processo de transferência projetada por um paciente há também complexas relações de Tele.

 - O que e resistência?
Se refere ao momento em que o protagonista não que participar da cena.
Neste momento compete ao diretor usar todo o seu engenho e astúcia para descobrir as pistas suscetíveis de iniciar a produção e, uma vez iniciada, cuidar de que ela se encaminhe numa direção construtiva. Assim, as causas de resistência do paciente podem ser resumidas como sendo privadas, sociais ou simbólicas
.
 
- O que interpolação de resistência?
O processo onde o Terapeuta quebra a resistência do paciente, o mesmo pode se utilizar as seguintes técnicas:

# Solilóquio Duplo: O ego auxiliar coloca-se atrás do paciente e inicia um solilóquio. Leva o protagonista a participar no solilóquio e talvez o faça admitir as razoes ocultas que ele tinha para a sua recusa.

# Solilóquio do Terapeuta: O terapeuta senta-se a um lado do palco e começa um monologo:"Eu sei que x (paciente) não gosta de mim. Não vejo outra razão para ele se recusar a cooperar. Talvez ele aceite esta deixa e justifique o porque da recusa.

# Técnica de Ego auxiliar do paciente: O método consiste em deixar o paciente que se recusa a voltar ao grupo e recomeçar com outro paciente chamando o primeiro paciente a ser Ego auxiliar na cena.

# Técnica Simbólica: Parte para uma produção simbólica. A fim de que o medo de envolvimento pessoal seja eliminado como causa de resistência. O Diretor se dirige ao Grupo neste termos:" Há um conflito entre marido e mulher por causa de certas irregularidades no comportamento do marido. Ele pode ser um jogador, um alcoólico ou qualquer outra coisa. tem um filho único, que não sabe que partido tomar". Neste ponto, o diretor volta se para o grupo e pergunta :" quem que desempenhar o papel do marido, da mulher ou do filho ?"Como estes papeis não afetam as vidas privadas dos membros do grupo, o diretor poderá facilmente induzir alguns deles a participar.

# Relações Significativas: Resistência entre os membros do grupo. O diretor, por exemplo, sabe que há rivalidades entre dois indivíduos A e B. Pode convida lós a expressa lá no palco dizendo lhes: " Deixemos que o grupo decida quem esta com razão".

# Outra técnica eficaz para quebrar a resistência e o uso de temas  cósmicos ou caricaturas para despertar o senso de humor dos membros.

# Deve ser observada a resistência que e dirigida contra as personalidades " privada" do terapeuta principal ou dos Egos auxiliares.Em tais casos, pode ser necessário substituir o terapeuta ou os Egos auxiliares, ou mesmo reestruturar o grupo para satisfazer as necessidades do paciente.


- Qual e o significado em Moreno do termo "Acting Out"?
Acting Out - Passagem ao Ato.
Este termo foi criado por Moreno em (1928), e possui o significado de passar para fora o que esta dentro do paciente, em contraste com a representação de um papel que é atribuído ao paciente por uma pessoa de fora. A passagem do ato é necessária por expressar importantes experiências do paciente que de outro modo permaneceriam ocultas e difíceis, quando não impossíveis, de interpretar. No pensamento Psicodramático, o atuar desde dentro, ou passar o atos é uma fase necessária no avanço da terapia, proporcionando ao terapeuta uma oportunidade para avaliado comportamento do paciente, além disso  confere ao paciente a possibilidade de avalia ló por se mesmo.
Exemplo:
O diretor representa no palco uma " Loja Magica".Ele próprio ou algum membro do grupo escolhido por ele assume o papel de lojista.
A loja esta repleta de itens imaginários, de uma natureza não física. Os itens não estão a venda mas podem ser obtidos por permuta, em troca de outros valores a serem entregues pelos membros do grupo, individualmente ou em conjunto. Um após o outro, os membros do grupo oferecem se para subir no palco, entrando na loja em busca de uma idéia, um sonho, uma esperança, uma ambição. Prata se do principio de que só fazem isso por sentir um forte desejo de obter um valor altamente apreciado ou sem o qual suas vidas pareceriam carentes de sentido.


- Para Moreno, os papeis emergem de forma gradativa na Matriz de Identidade, através da Experiência Vincular Bebê e Mãe. Portanto papel é uma forma de funcionamento, um desempenho que inicia vínculos originais. E uma Unidade de Conduta Inter- Relacional resultante de um processo evolutivo com grande força construtiva e plasticidade. A formação de Papeis acontece através da inserção social e é Responsável pelo Surgimento do EU. Descreva:
** Os 03 papeis que são responsáveis pelo surgimento do EU;
a) Psicossomáticos;
b) Psicodramáticos (imaginários e fantasias): Brincar de Deus;
c) Sociais: os papéis sociais podem ser desempenhados em ressonância com vivências anteriores, formadas através da aprendizagem e o desempenho dos cachos de papéis.

** Os papeis se agrupam dentro de um processo dinâmico formando os Clusters( cacho de papeis) - Como e sua configuração dentro da Matriz de identidade? Qual é o papel correspondente ao desenvolvimento do Sujeito.
- Primeiro Cluster
Materno – Cuidado – Passivo.
Primeiras experiências da existência humana. O bebê depende integralmente de sua mãe ou de quem cuida dele.
Nesta fase predomina a passividade, a incorporação dos cuidados, a experiência da espera, a aprendizagem da paciência e da tolerância.
-Segundo Cluster
Paterno – Autonomia – Ativo: Triangulação.
Aparece a figura do pai. Posição ativa, aprendizagem da autonomia, da autoconfiança, da capacidade de conquista e do exercício do poder. Introjeção do Não.
A criança passa da dependência total para uma consciência mais autônoma, começa a objetivar a relação com o mundo externo.
-Terceiro Cluster
Irmãos – Simetria – Interativos.
Representa os vínculos simétricos, nos quais a responsabilidade é igual para todos os envolvidos. É o caso dos irmãos, amigos, companheiros.
Além de aprender a competir e a rivalizar, aprende-se a colocar limites, cuidar das posses, atacar ou se defender de agressões. O auto cuidado e o cuidado ao outro.
Este ultimo papel corresponde ao desenvolvimento do sujeito.


 – Defina:
·         Role Taking: Tomada de papel – adoção por imitação;

·         Role Playing: Jogar os papéis, exploração simbólica das representações;

·         Role Creating: Criação de desempenho de novos papéis novos;
Obs: O papel é uma forma de funcionamento, um desempenho que inicia nos vínculos originais no Primeiro Universo da Criança. Gradualmente, à medida que a criança experimenta a realidade, novas adoções de papéis vão surgindo, interagindo ao papel anterior e formando “cachos de papéis”. O processo de desenvolvimento de um novo papel passa por três fases, às citadas a cima.

- O que é Átomo Social e Rede Sociométrica?
Segundo Moreno, Átomo Social, representa os veículos, as redes relacionais que se constituem em torno do indivíduo. Inicialmente o átomo social do bebê se resume a ele e a sua mãe. Gradativamente, esse universo se expande, outros indivíduos são incluídos, causando um aumento da constelação e da percepção, seja ela positiva ou negativa, levando o individuo a adotar os diversos papéis frente a sua dinâmica relacional. Salientando que o átomo social é um construto dinâmico que cresce, flui e encolhe; consiste nas ligações interpessoais, composta por papeis dentro de uma cadeia relacional, uma rede sociométrica de tele (atrações, rejeições, mutualidade e incongruências) em volta do individuo. Essa configuração social das relações interpessoais é um processo de mudança, à medida que a imagem que se tem de si mesmo e do outro se modifica no decorrer da existência, expandindo-se as conexões da rede sociométrica, ajuizando-se novos valores e qualidade aos relacionamentos, desarticulando velhos padrões e novos conhecimentos.
À medida que o indivíduo estabelece novas configurações sócias às constelações tendem para a expansão, aumentando a cadeia de átomos e formando uma complexa corrente se sistemas de inter-relação vincular, denominadas como Rede Sociométrica.


- O que é Papel Patológico?
Representa o papel regressivo não uma verdadeira regressão fisiológica mas uma forma de desempenho inconsciente de papeis, uma regressão " Psicodramática ". O adulto catatônico, não deixa de ser adulto, fisiologicamente e psicologicamente. Mas, ao atuar como um bebê indefeso, recorre ao mais baixo denominador possível do comportamento.
A " neurose histriônica" dos atores deve se a intervenção de fragmentos de papeis " alheios" a personalidade do ator.
 
- O que é Conserva Cultural? Qual é a sua importância para o conceito de Espontaneidade?
A Conserva Cultural é o produto acabado, adquirindo uma qualidade quase sagrada representa uma teoria de valores geralmente aceita.
Entende se também como o processos levados a seu termo,os atos finalizados e as obras perfeitas parecem ter satisfeito mais a nossa teoria de valores que os processos e coisas que permanecem inacabadas ou em estado de imperfeito. Onde percebe se uma categoria tranquilizadora.
Um processo criador espontâneo e a matriz é a fase inicial de qualquer conserva cultural - quer se trate de uma forma de religião, uma obra de arte ou uma invenção tecnológica. Coloca se em primeiro plano a relação entre o momento, a ação imediata, a espontaneidade, e a criatividade, em contraste com a costumeira associação de espontaneidade e reação automática.
Com isso, entendemos que todo o processo espontâneo iniciasse a partir de uma conserva cultural.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Reforçando Conceitos - Parte I

Iremos durante está semana reforçar alguns conceitos do Sócio - Psicodrama.


"Aqui, onde Eu estou,
está a fonte.
Onde o mundo começa,
Onde o mundo foi criado,
Onde o mundo é criado,
Aqui está o passado.
Aqui está o Futuro." 

J.L. Moreno



Δ  – Qual a diferença entre Psicodrama Psicoterapêutico e Psicodrama Sócio Educacional e Organizacional?
O que difere é a condução dos mesmos, no Psicodrama Sócio Educacional e Organizacionais não se trabalha o passado, as feridas e dores individuais.
O objetivo é a educação e não psicoterapia, situando se num amplo esquema, onde é enfatizada a importância de se promover condições adequadas às manifestações criativas nos diversos domínios sócias e pedagógicos. Estando diretamente ligado a socionomia entende-se que educar é incluir todo o sistema: o cosmo, o individuo, o outro. O ser social com toda a sua organização: Privado e Público entrelaçados com a finalidade de construir e reconstruir: o Cosmo → Família → EscolaEmpresa →Cosmo.

Δ – Como se processa a Prática ou Método Psicodramático?
Drama é uma transliteração do grego, que significa ação, ou uma coisa feita. Portanto o Psicodrama pode ser definido como a ciência que explora a “verdade” por métodos dramáticos.
O método psicodramático usa principalmente cinco instrumentos – o palco, o sujeito ou paciente, o diretor, o staff de assistência terapêutico ou egos auxiliares e o público.
Palco: Primeiro instrumento proporciona ao paciente um espaço vivencial que é flexível e multidimensional ou maximo.
O Sujeito ou Paciente: Segundo instrumento, é solicitado a ser ele mesmo no palco, a retratar seu próprio mundo privado, sendo ele mesmo não um ator, tal como o ator é compelido a sacrificar seu próprio eu privado ao papel que lhe foi imposto por um dramaturgo.
Diretor: Terceiro instrumento possui 03 (três) funções, produtor, terapeuta e analista. Como produtor tem que estar alerta para converter toda e qualquer pista que o sujeito ofereça em ação dramática.
Como terapeuta, atacar e chocar o sujeito, às vezes poderá se tornar passivo e indireto, e a sessão para todos os fins práticos, parece ser dirigida pelo paciente. Como analista, poderá complementar a sua própria interpretação mediante respostas provenientes de informantes no público, marido, pais, filhos, amigos ou vizinhos.
Staff ou Egos Auxiliares: Quarto instrumento: Possui 03 funções: Ator retratando papeis requeridos pelo mundo do paciente, agente terapêutico guiando o sujeito e investigador social.
Público: Quinto Instrumento: Ajuda o paciente ou, sendo ele próprio ajudado pelo sujeito no palco, converte-se então em paciente. Quando o público é ajudado pelo sujeito, assim tornando o próprio sujeito, a situação inverte-se. O público vê-se a si mesmo, isto é, a síndrome coletiva é retratada no palco.

Δ – Como é o desenvolvimento da Cena Psicodramática?
O Psicodrama se desenvolve em 04 etapas:
1-    Aquecimento:
·         Inespecífico: Inicia a sessão. O terreno. O primeiro momento do encontro. Seu     objetivo é diminuir a tensão, propiciar uma ambiente de acolhimento;
·          Específico: Começa no momento da construção da cena, como o aquecimento do personagem, privado ou público;

2-    Dramatização: É todo o processo da atuação; é o “como se”; a Realidade Suplementar: a utilização das técnicas em concordância com a matriz de identidade do individuo ou do grupo; é o núcleo de toda a Sociatria;

3-    Compartilhar: Sharing: Trocas do protagonista, platéia e direção, ressonância, consonâncias, do protagonista e da platéia, é um cartase de integração, a interação dinâmica do corpo com os pensamentos e emoções;

4-  Processamento: É a análise do processo: o diretor encaminha o grupo ou o individuo para reflexão cognitiva sobre os procedimentos e prosseguimentos para as aquisições de novos papeis. É um momento pedagógico. É importante ouvir as opiniões dos elementos que atuaram na cena, as opiniões dos que assistiram e fazer uma reflexão sobre a ação e incrementar os encaminhamentos necessários para as ações posteriores.

Δ - O conceito geral da Socionomia – O Sistema Sociométrico.
Socionomia é o conceito mais geral do Sistema Sociométrico. É o estudo das interações relacionais com os conceitos, espontaneidade, criatividade, conserva e a teoria do momento.
Define-se Socionomia a ciência que estuda as leis das interações grupais e sociais a partir dos seguintes conceitos da Psicoterapia Interpessoal:
·         SOCIUS – Companheiro; o indivíduo com o seu corpo.
·         METRUM – Medida; é o estudo das relações interpessoais.
·         DRAMA – Ação; Método Psicoterapêutico ou Terapêutico.
A Socionomia se divide em:
a   a)    Sociodinamica.
b   b)    Sociometria.
c   c)    Sociatria. 

Δ  Moreno, reafirmava o valor e a importância do conceito e das técnicas do Ego Auxiliar:
Vamos conversar um pouco sobre cada uma:

• Tratamento Intermediário de um Triângulo Matrimonial:
O cliente é incapaz de resolver um conflito que se desenvolveu entre ele e outras pessoas. Necessita de ajuda. O ego auxiliar é um agente terapêutico que proporciona ajuda de que ele precisa. Nesta forma de terapia o ego auxiliar tem 2 funções:
1) Ser uma extensão do ego primário.Identifica-se com ele e representa-o perante os outros;
2) Ser um representante de outra pessoa, a ausente até que os dois egos primários estejam preparados para encontrar-se.
O método é exemplificado entre três pessoas uma neurose triangular. A função do ego auxiliar, proporcionar o arranque a cada membro da tríade.O fluxo da relação pode ser perturbado não só dentro mas também entre as pessoas, e as três pessoas que formam a neurose não são capazes de exteriorizar os seus problemas. Introduz-se então entre elas o ego auxiliar, preparando umas para as outras.

• Neurose Interpessoal e Triangular:
O ego auxiliar tem de estar convencido de que o paciente tem razão. Não basta que desempenhe sua parte, tem de concordar e acreditar que o paciente está subjetivamente certo e isto é possível porque todo e qualquer ego, está sempre com a razão.A função do ego auxiliar é vivenciar a subjetividade do paciente e identificar-se com todas as suas expressões, na medida em que permitam as limitações orgânicas.
A função do ego auxiliar é ‘auxiliar’ para o ego do paciente. As ‘deixas ‘ terapêuticas tem que provir do paciente. No caso matrimonial , a técnica consiste em sessões alternadas com o marido e a mulher, levando sempre a cada uma das partes um relato preciso e subjetivista  do que tinham a dizer a respeito um do outro.
Trata-se de uma “neurose interpessoal”. A relação entre psicanalista e paciente consiste em projeções do paciente para o analista e de projeções deste para aquele. Estas duas projeções talvez nunca se encontrem e fundam num só fluxo de sentimento numa relação interpessoal.
Numa neurose interpessoal, a neurose só existe na medida em que entre duas pessoas há um fluxo de emoções antagônicas.

• A Função do Ego-Auxiliar nas Relações Interpessoais:
A situação pessoal do ego auxiliar tem de ser diferençada da sua função. A mãe é um exemplo de ego auxiliar instintivo. Ou o ego auxiliar inclui a pessoa que é ajudada ou é ele mesmo incluído. Neste último caso, o ego auxiliar é débil e a pessoa ajudada é forte. Essa relação é freqüentemente forçada.
O ego auxiliar pode tirar bom proveito do distanciamento entre si mesmo e a pessoa a ser ajudada. Como uma parte do seu ego é empenhada no processo de unificação, uma outra parte dele está livre para atuar no interesse da outra pessoa, mais além do que pode fazer por si mesma.
A função do ego auxiliar é conseguir a unidade com uma pessoa, absorver os desejos e necessidades do paciente, e agir em seu benefício sem poder, entretanto, identificar-se com ele.

No caso da relação líder-grupo:
O líder atua como ego auxiliar. Concentra-se num punhado de indivíduos. Move-se de um indivíduo a outro e é auxiliar para  cada indivíduo do grupo , até que tenham desenvolvido a identidade com todos os demais membros. Na medida em que o líder obtiver a unidade com cada um deles separadamente e se assegurou de que eles se converteram em auxiliares uns dos outros, mais difícil se torna ser um ego auxiliar de cada membro, diretamente.

• A Função do Ego-Auxiliar nas Relações Coletivas- prisão, hospital mental ou qualquer comunidade fechada.
Grande parte da tele-terapêutica está distribuída por toda a comunidade e consiste apenas torná-la efetiva e guiá-la para os canais apropriados. A tele-terapêutica é extremamente seletiva. Cabe ao ego auxiliar, ampliar o âmbito e aumentar a flexibilidade do seu papel.
Considerando a comunidade com a ajuda de quadros sociométricos, o médico viu-a repleta de centenas de pequenos psiquiatras que não funcionavam ou que o faziam na direção errada.  A tele positiva ocorre em qualquer direção entre duas ou mais pessoas que seja produzida pela afinidade entre algum fator de uma delas e algum fator de outra, operando realmente no momento. A tele negativa, ocorre quando há repulsa em qualquer relação do momento. Se numa pessoa é atraída pela outra, e se esta pessoa  está longe daquela, num outro grupo, o movimento dessa pessoa no sentido dela produz uma experiência em ambas que é uma tele terapêutica. Isso acontece mesmo se as pessoas não se conhecem mutuamente. O Psiquiatra precisa ser posto fora da ação, a fim de ser removido da cena; torna-se um ego auxiliar à distância, para fazer sentir o menos possível sua interferência. Ele ajustou a sua função à dinâmica de um mundo tele.
Este procedimento pode ser definido como uma forma de tratamento situacional. O terapeuta desloca- se de um indivíduo a outro, encontrando cada um deles em sua situação vital crucial, até que o problema total de inter-relacionamento está explorado. Passa então a reunir os próprios parceiros no conflito. O encontro não ocorre no palco, mas na própria vida. É como uma forma que o Psicodrama projetada na vida, assumindo o terapeuta o papel de ego auxiliar.

A Técnica do Ego-Auxiliar em Problemas Conjugais:
Quando o marido procura o tratamento sozinho, a esposa ausente será substituída por um ego auxiliar.
Em alguns minutos o sujeito deve promover no ego auxiliar o aquecimento preparatório, mostrar-lhe como atua sua esposa e que espécie de coisas ela diz. Isso serve para informar ao diretor como o esposo se sente em relação à sua esposa e quais características dela mais impressionaram o marido. É dito a este que não deve esperar um retrato exato da esposa por parte do ego auxiliar, mas apenas uma base para começar sua atuação.
É uma boa estratégia deixá-lo expor suas queixas e conflitos com sua “esposa” auxiliar e, depois, realizar sessões alternadas em que a esposa, por seu turno, possa vir elaborar seus problemas com um “marido” auxiliar, antes de começarem trabalhando face a face.
Quanto melhor adestrado estiver um ego auxiliar nos papéis requeridos, quanto mais ele ou ela corresponder às afinidades espontâneas do sujeito, maior será o êxito que se obtenha para fazer o sujeito “arrancar”. Para isso acontecer, o ego auxiliar deve aprender a desligar-se inteiramente de qualquer coisa, em sua vida privada, que pudesse fazê-lo inclinar-se para um ou outro dos cônjuges.

• Catarse do Ego-Auxiliar  durante o trabalho Psicodramático:
Pode acontecer que durante o trabalho, a cena possa tocar o ego auxiliar, pois o lembra de uma cena semelhante. A pessoa sai momentaneamente do seu papel. A esse processo chamamos de efeito psicodramático. Afeta os sujeitos e os egos.Assim o seu próprio conflito conjugal pode ser tratado separadamente, de  fase para fase, com a ajuda de dois outros egos auxiliares da equipe. A sua experiência no palco é denominada catarse psicodramática de um ego auxiliar. No decurso do trabalho pode realizar uma dupla análise: a do sujeito, por um lado e a do ego auxiliar, por outro lado.

## Faça um paralelo entres os textos:

• Função do Diretor Psicodramático:
Inicia a sessão, realiza o aquecimento, decide quem será o protagonista, intervém na dramatização e dirige os egos-auxiliares, encena a ação, coordena o “sharing”, o processamento e finaliza a sessão.

• A Função do Ego Auxiliar:
Sendo um prolongamento do diretor e um apoio ao protagonista, o ego-auxiliar é uma espécie de intermediário entre eles. Talvez pudéssemos chamá-lo de coadjuvante.
Na situação psicodramática o ego auxiliar tem duas funções: a de retratar papéis e a de guia.
A 1ª função é a de retratar o papel de uma pessoa requerida pelo sujeito;
A segunda função é a de guiar o sujeito, mediante o aquecimento preparatório, para suas ansiedades, deficiências e necessidades, com o objetivo de orientá-lo no sentido da melhor solução de seus problemas.
Também a mãe tem duas funções: atuar no seu papel de mãe, desenvolvendo um quadro nítido das necessidades e do ritmo do bebê, a fim de que possa aquecer-se para as exigências dele, a fim de ajudá-lo a funcionar adequadamente.
Mediante o conceito de ego auxiliar, muitos fenômenos do desenvolvimento infantil podem ser explicados numa única hipótese: a relação mãe-filho é uma dupla relação, envolvendo mais uma ação cooperativa do que padrões de comportamento individual separados entre si.

• Função do Público:
Tem duas funções:
1) Em relação com o sujeito e com os atos que se desenrolam no palco, o publico é a representação do mundo. A presença do público aumenta a gama das respostas que se pode obter do sujeito no palco, fornece ao diretor material estratégico para análise. O seu comportamento durante a discussão do seu problema e quando outros membros discutem os deles, é muito significativo.
É muito importante o público para pessoas que perderam seu status social (prostitutas, criminosos, desclassificados). Para esses o público exerce uma função de opinião pública; é um público visível e direto.
2) Em relação consigo mesmo (função centrada no público), o público é sempre o paciente e um educando. Um requisito prévio é o conhecimento de sua estrutura social e psicológica. Os meios pelos quais esse conhecimento pode ser adquirido são variados: entrevistas, questionários, testes de relacionamento e sociométricos-testes de espontaneidade e de papéis- deixando que cada um atue no palco diante dos demais e confrontando os resultados obtidos.

• O Diretor - Relação com o Paciente; Relação com o Ego Auxiliar.
O diretor é um engenheiro de coordenação e de produção. Ele procura encontrar o seu público e seus personagens, extraindo deles o material para um enredo ou roteiro.Com a ajuda daqueles, monta uma produção que satisfaça às necessidades pessoais e coletivas dos personagens, assim como do público à mão.
 Como agente terapêutico, a sua tarefa é fazer os sujeitos atuarem naquele nível de espontaneidade que beneficia seu equilíbrio total; em servir de contra-regra e de ponto para os egos auxiliares; e em instigar o público a uma experiência catártica. Como analista social, usa os egos auxiliares como extensões de si mesmo, a fim de extrair informações dos sujeitos no palco.
      O diretor psicodramático é uma espécie de superego auxiliar.

   Δ - No texto: O Lugar do Psicodrama na Pesquisa, Moreno diz que há métodos e categorias de ação profunda.
Que categorias e métodos são esses? 
Moreno ressalta a importância da transição de métodos verbais para métodos de ação que o Psicodrama proporciona em que o aspecto verbal do comportamento é apenas um fenômeno. Outro ponto novo é a transição dos métodos psicológicos individuais para métodos de grupo onde o contexto do comportamento individual é colocado num mais amplo quadro de referência.
Os métodos dramáticos de ação profunda estão divididos em duas categorias:
A- O Psicodrama, que trata das relações interpessoais e ideologias privadas.
B- O Sociodrama, que trata das relações intergrupos e das ideologias coletivas.

Δ- Moreno afirmava a importância do Palco no Psicodrama e no Sociodrama. Faça as suas considerações.
No Psicodrama o palco não é um palco no sentido teatral, é uma plataforma social, onde os atores são pessoas reais apresentando seus próprios "eu", onde o enredo é os seus problemas íntimos.
Com isso, o palco é o espaço destinado às pessoas se desenvolverem e se redescobrirem.


 Δ - Moreno descobre o efeito terapêutico através do Caso Bárbara e George - cria O teatro Terapêutico, que é o percussor do Psicodrama.

** Qual e o Lucus Nascendi?

Por meio de uma teometricos do espaço determina se o locus nascendi de ideias e objetos. No estabelecimento de um ponto de referencia para os espaços teometricos  devem ser estabelecido três fatores: o status nancendi, o locus e a matriz. Estes fatores representam fases diferentes do mesmo processo. Não existe "coisa" sem seu locus, não a locus se seu status nascendi e não a status nascendi sem matriz. O locus é uma flor, por exemplo, esta no canteiro como cresce como tal e não no cabelo de uma mulher. O status nascendi é uma coisa em desenvolvimento, tal como brota da semente. A sua matriz e a própria semente.
A consubstanciação deve corresponder a idéia da coisa. Assim a representação do teatro deve corresponder a idéia dele, caso contrario será uma deformação da sua essência.
O teatro legitimo e um teatro como se - fora do lugar. O verdadeiro locus do teatro e o teatro para espontaneidade.

** Qual o verdadeiro símbolo do teatro terapêutico?

O verdadeiro símbolo para o teatro terapêutico e o lar. Aí surge o teatro em seu mais profundo sentido, porque os segredos mais bem guardados resistem violentamente, a ser tocados e expostos. É o complemento privado. A primeira casa, o lugar onde começa e onde termina vida, a casa do nascimento e da morte, a casa das mais intimas relações interpessoais, converte se num palco e cenário profundo.

*** Quais são os atores no palco do teatro terapêutico?

Os atores do palco terapêutico são os habitantes do lar privado. Se uma pessoa vive sozinha, o desfile de sensações, sentimentos e pensamentos de úmido privado pessoal, pode ter lugar como um sonho sem resistência. Mas quando duas pessoas vivem juntas e se encontram diariamente, então começa a verdadeira situação teatral, proporcionando alegria ou sofrimento. E essa situação que provoca conflito. Converte os solitários habitantes da casa numa comunidade.

** Quais os espectadores do Teatro terapêutico?
Os espectadores do teatro terapêutico são a comunidade inteira, todos são convidados e todos se juntam diante da casa.
O Psicodrama começa quando estiver presente o ultimo habitante da cidade.

** Qual é o significado do Psicodrama?

A locução da paixão, essa relação da vida do domínio da ilusão, não funciona como renovação do sofrimento; pelo contrario, confirma a regra geral: Toda e qualquer segunda vez verdadeira é a libertação da primeira. Liberação é uma definição exagerada do que ocorre, pois a completa repetição de uma processa faz com que o seu assunto pareça absurdo ou ridículo. Obstem-se respeito da nossa própria vida, a respeito de tudo que fizemos e fazemos, o ponto de vista do criador - a experiência das verdades liberadas, liberadas em relação a nossa própria natureza. A primeira vez faz com que a segunda vez redunde o riso.

Δ- No texto Três Fases de Desenvolvimento: O Encontro, a Situação Interpessoal e o Psicodrama:
* Qual e a História que Moreno conta sobre o nascimento do Procedimento Sociometrico?

Moreno idealizou a técnica de forma natural, durante a Primeira Guerra Mundial, onde o mesmo avistou uma comunidade de pessoas individualmente bem intencionadas se converteram em uma manicômio e tentou encontra para isso um remédio medico - sociológico.

* O que e Encontro? E como essa idéia nasceu?
Encontro significa mais que uma vaga relação inter-pessoal.Significa que duas pessoas ou mais se encontraram não só para se defrontarem entre si mas também para viver e experimentar-se mutuamente, como atores cada um por seu direito próprio, não como num encontro profissional , mas um encontro de duas pessoas com suas forças e fraquezas, dois atores humanos fervilhando de espontaneidade, só parcialmente cônscias  de seus propósitos mútuos.
Moreno relata que para ele ficou claro que só as pessoas que se encontram mutuamente podem formar um grupo natural e uma verdadeira sociedade de seres humanos. As pessoas que se encontram sendo as responsáveis e genuínas fundadoras da existência social.

A idéia do encontro nasceu, quando Moreno se preparava para publicar o seu primeiro livro, uma inquietude lhe trouxe a reflexão que um encontro face face, o encontro primário lhe pareceu ser superior a um encontro secundário entre um leitor e ele, reduzindo a uma conserva tecnocultural: um livro. Com isso Moreno destruiu o livro que tinha escrito e escreveu um novo, cujo tema central foi o conceito do "Encontro" com o título "Convite para um Encontro". Não era realmente um livro, era um convite.


   Δ- Quais são os Antecedentes Históricos do Psicodrama? Quais são as considerações de Moreno sobre o Berço do Psicodrama?

Para Moreno o antecedendente do Psicodrama foi as civilizações do período pré-histórico, nos ritos dramáticos primitivos, o executante aborígene não era um ator, mas um sacerdote, como um psiquiatra empenhado em redimir a tribo, persuadindo o sol para que brilhasse ou a chuva para que caísse. A fim de obter dos Deuses ou das forcas naturais uma resposta apropriada, podem ter sido empregados abundantemente métodos de simulação, persuasão e provocação aparentados como um Psicodrama primitivo.
Um exemplo:
Um homem foi trazido do campo doente e aparentemente moribundo. O curandeiro apareceu imediatamente com seus assistentes e perguntou o que tinha acontecido. O homem que viera acompanhando o doente explicou:
Ele assustou-se quando encontrou um Peru selvagem, uma ave que nunca vira. O curandeiro retirou se. Voltou pouco depois, representando com seus assistentes (Egos auxiliares) a situação do choque, tal como ocorrera, e retratando cada detalhe. O curandeiro atuou como um Peru esvoaçando freneticamente em redor do doente, mas de modo que este pudesse perceber que a ave era inofensiva e seus temores eram injustificados.
O homem começou gradualmente a reviver e a recuperar -se.

Para Moreno o berço do Psicodrama pode ser divido em 04 momentos da sua história:

1- Primeira sessão particular: Brincando de Deus.

Com quatro anos Moreno e seus vizinhos resolveram brincar de Deus no porão de sua casa nas margens do rio Danubio,onde Moreno era Deus e seus vizinhos anjos. Eles construíram o céu, colocando uma cadeira encima da outra até chegarem o mais próximo do céu, Moreno subiu até a última cadeira com a ajuda de seus amigos, já encima as crianças começaram a da voltas  ao redor de Moreno usando seus braços como asas e cantando. De súbito Moreno ouviu uma criança perguntando "porque não voas?" o mesmo esticou o braço tentando fazê- lo,um segundo após despencou no chão fraturando seu braço.
Para Moreno a queda, quando as crianças deixaram de aguentar as cadeiras empilhadas, o ensinou a lição de que até o ser mais alto depende dos outros, "Egos auxiliares" , e que um paciente ator necessita deles para que possa atuar de modo adequado e gradualmente, aprendeu que outras crianças gostam de brincar de Deus.
2- Revolução Criativa:
Entre 1911 e 1918, nos jardins de Viena, Moreno reuniu um grupo de crianças para representações improvisadas. Era um jardim de infância em escala cósmica, uma revolução criativa entre as crianças. Não se tratava de uma cruzada filantrópica de adultos em prol das crianças mas uma cruzada das crianças em favor de se mesmas, em prol de uma sociedade de sua própria idade e com seus próprios direitos. As crianças tomaram partido contra os adultos, as pessoas crescidas, os estereótipos sociais e os robôs - a favor da espontaneidade e criatividade.
3- O Teatro do Espontaneidade:
Na Maysedergasse, perto da Opera de Viena, que numa noite fugaz se converteu de teatro para a Espontaneidade, um teatro terapêutico.
4- A Primeira Sessão Psicodramatica - A Poltrona do Rei:
No dia 01/04 de 1921 de 19h as 22h, no Teatro de Viena, Moreno apresentou-se sozinho, sem preparação alguma, perante uma plateia de mais de mil pessoas. Quando a cortina foi levantada o palco estava vazio apenas com uma poltrona de pelúcia vermelha, no assento havia da poltrona havia uma coroa dourada. O publico compunha se, além da uma maioria de curiosos de representantes de estado europeus e não europeus, de organizações religiosas, políticas e culturais.
Viena vivia um momento de pôs guerra fervia em revolta. Não tinha governo estável, nem imperador, nem rei, nenhum líder.
O público era o elenco, as pessoas que enchiam o teatro eram como outros tantos dramaturgos inconsciente. A peça era o enredo em que haviam sido jogados pelos acontecimentos históricos e em que cada um desempenhava um papel real.
O tema natural do enredo foi à busca de uma nova ordem de coisas, testar cada um dos que, no público, aspirassem a liderança e, talvez encontrar o Salvador.
Cada um foi convidado a subir ao palco, sentar se no trono e atuar como um rei, sem preparação previa e diante de um publico desprevenido. O público era o júri. Mas deveres sido na realidade, uma prova muito difícil, ninguém passou nela. Quando o espetáculo terminou, verificou se que ninguém havia se considerado digno de tornar se rei e o mundo continuou sem lideres.