A Prof. Maria Inês Tavares Pinto Coelho,apresentou em sua aula, uma
interface entre o Psicodrama e os espetáculos do Grupo Corpo: “21 e Lecuona”.
Neste encontro da rica
apresentação do Grupo Corpo e o Psicodrama, obtivemos a oportunidade de ver a
arte nos instruindo com relação as composição teórica, etapas, instrumentos e
técnicas do Sociopsicodrama.
Sendo estas:
Psicodrama: Método terapêutico que busca a
verdade interior através da AÇÃO, criado por Jacob Levy Moreno.
Ação: É a
revelação das idéias e da imaginação em movimento. Cecília Caram
Matriz de Identidade: A matriz de identidade é um lugar pré-existente, modificado pelo
nascimento do indivíduo, dissolve-se gradualmente, à medida que a criança vai
ganhando autonomia.
O primeiro universo termina quando a
experiência infantil de um mundo em que tudo é real começa a se decompor em
fantasia e realidade. Moreno
Átomo Social: Configuração de todas as relações significativas de uma pessoa,
criando novos relacionamentos.
É mutável, dinâmico, iniciado com a presença
da figura materna e modificado com o passar do tempo.
Papel: É a forma de funcionamento que o indivíduo assume no momento
em que reage a uma situação específica na quais outras pessoas ou objetos estão
envolvidos.
Os papéis não decorrem do eu, mas a personalidade
do indivíduo se forma pelo desenvolvimento de papéis.
Quando os papéis estão rígidos, repetimos o
movimento e não criamos algo novo.
Conserva Cultural: É tudo o que se mantém repetitivo e idêntico em uma determinada
cultura: valores, usos e costumes, padrões, o já produzido, o que já está
pronto e concluído.
Todo resultado de um processo de criação pode cristalizar-se
como conserva.
Espontaneidade: Capacidade do indivíduo dar uma resposta adequada a uma
situação nova ou uma nova resposta a uma situação antiga.
Criatividade: Um ato gerado, uma
produção inédita, estimulada e dirigida pela espontaneidade. O seu produto
final, novo, transformador, renovador.
Tele: Percepção interna. Um
ato gerado, uma produção inédita, estimulada e dirigida pela espontaneidade. O
seu produto final, novo, transformador, renovador mútua entre dois indivíduos.
Comunicação recíproca, real, que compreende a
empatia ocorrida em duas direções. Fator responsável pela comunicação imediata,
não verbal, que aproxima duas pessoas.
Encontro: Realização própria através do outro. Mútua
disponibilidade de duas pessoas capazes de se colocarem uma no lugar da outra.
Etapas do Sociopsicodrama:
Aquecimento: Criação de um clima inicial para liberar a
espontaneidade, catalisar a criatividade e escolher o protagonista.
Dramatização: É o momento da ação:
protagonista e egos-auxiliares em cena.
Sharing /
Compartilhamento: É a participação terapêutica
do grupo ao compartilhar sentimentos e emoções advindas da dramatização.
Processamento: Reflexões teóricas
sobre a sessão de psicodrama vivenciada.
Instrumentos do Sociopsicodrama:
Diretor: Inicia
a sessão, realiza o aquecimento, decide quem será o protagonista, intervém na
dramatização e dirige os egos-auxiliares, encena a ação, coordena o “sharing”,
o processamento e finaliza a sessão.
Protagonista (o cliente): Traz
o tema, constrói o contexto dramático e dramatiza. É ator e autor.
Ego-auxiliar: Sendo um prolongamento
do diretor e um apoio ao protagonista, o ego-auxiliar é uma espécie de
intermediário entre eles. Talvez pudéssemos chamá-lo de coadjuvante.
Palco: Espaço onde se
realizam as cenas.
Platéia (grupo): Observa, sente,
reage, compartilha e co-labora com o protagonista.
Técnicas do Sociopsicodrama:
Inversão de Papeis:O protagonista
repete a cena que acaba de representar assumindo o papel do outro. A pessoa, ao
sair de si mesma, torna-se capaz de perceber objetivamente sua própria atitude
em relação aos outros.
Duplo: Expressa todos os
sentimentos e sensações que o protagonista não percebe ou evita explicitar na
cena. Uma espécie de consciência auxiliar.
O ego-auxiliar coloca-se ao lado do
protagonista, adotando ao máximo a sua atitude postural e afetiva, tentando
identificar-se com ele e exprimir os seus sentimentos.
Solilóquio: Dizer em voz alta o que se está
pensando como em uma conversa com seu próprio travesseiro.
Monólogo que faz surgir conteúdos não expressos, mas verdadeiros no
mundo interior da pessoa e que precisa ser escutado por ela mesma.
Espelho: Técnica em que o sociopsicodramatista assume
o lugar do protagonista, dando a ele a consciência de si mesmo.
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