Realidade Suplementar
É uma liberação das convenções.É um encontro com o IMAGINÁRIO e com a intuição; há quem diga que é também um encontro com a espiritualidade.Tem um “quê” de ser sem tempo e sem espaço; uma realidade cósmica.
A Realidade Suplementar é um dos aspectos mais terapêuticos,
misteriosos e facilitadores de mudanças do Sociopsicodrama.É um encontro com o imaginário e com a intuição, há quem diga
que é também um encontro com a espiritualidade.Complementa a realidade, tudo é provável e possível, o tempo e
espaço não existem.Sobre a frágil base da realidade a imaginação tece novas formas.
O sociopsicodrama não consiste apenas na encenação de episódios,
passados, presentes e futuros, que são vivenciados e concebidos no cenário da
realidade – um equivoco freqüente. Há no sociopsicodrama um tipo de experiência
que ultrapassa a realidade, que oferece ao sujeito uma nova e extensiva
experiência da realidade, uma realidade suplementar . Fui influenciado na
cunhagem do termo “realidade suplementar” pelo conceito de Marx de “mais-valia”.
O valor suplementar seria a parte do salário do trabalhador que lhe roubado
pela empresa capitalista. Mas realidade suplementar, em contraste, não é uma
perda, mas um enriquecimento da realidade por meio do investimento e do uso
extensivo da imaginação. Essa expansão da experiência é possibilitada no
sociopsicodrama pelos métodos não usados na vida – egos auxiliares, cadeira
auxiliar, duplo, inversão de papeis, espelho, loja mágica, a cadeira alta, o
bebê psicodramático, o solilóquio, o ensaio da vida e outros. (J.L. Moreno,
1965,4;212-3)
Os sociopsicodramatistas muitas vezes trabalham com a realidade
suplementar sem levar em consideração a sua perspectiva filosófica. O
sociopsicodrama geralmente se inicia com o problema do protagonista, e durante
a sessão o drama retorna a experiências do início da infância para curar velhas
feridas, Nesse caso, a realidade suplementar é usada como em técnica para
completar e curar, para ter um efeito integrador sobre o ego, de forma que o
protagonista se sinta melhor e consiga tocar para frente a sua viada. Levar ao
palco um diálogo entre o protagonista e alguém que já morreu, ou atribuir a ele
(a) um “novo” pai ou mãe são apenas dois exemplos dessa forma de usar a
realidade suplementar. ( Zerka T. Moreno)
Estudo de caso
utilizando a realidade suplemtar:
Aquecimento inespecífico:
A diretora solicitou a cada membro do grupo que feche os olhos e reviva um momento importante da sua vida.
Após o reencontro com o
momento, foi solicitado que os participantes redijam uma carta a pessoa
integrante da vivencia.
Aquecimento específico:
Foi solicitado que o grupo
formasse duplas, após cada um deveria ler a carta ao outro.
Após a leitura foi realizada
inversão de papel onde a pessoa respondia ao a sua dupla a sua própria carta.
Foi realizada sociometria onde
se elegeu uma carta a ser lida ao grupo.
Cena:
Foi realizada uma cena onde X pede desculpas a Y por ter roubado uma tarefa escolar na sua infância.
Compartilhar:
Alguns
membros do grupo se identificaram com a cena, visto que na infância fizeram o
mesmo ou algo parecido.
Reflexão:
A vivencia foi muito forte, emocionando
membros do grupo antes mesmo de acabarem de redigir a carta.
Me levando a reflexão de que em
muitos momentos a resposta está dentro de cada um, basta se permitir aliviar a
mente, voltar ao momento de dor e nos entregar a uma solução.
Ressalto que este é um processo difícil,
mas reconfortante.
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