sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Conceitos


Olá Pessoal!
Segue abaixo alguns conceitos importantes do Sociopsicodra:::
>> Realidade Suplementar:

E uma realidade subjetivada, o como se.

Podemos também considerar como importante técnica sociopsicodramatica, que aguça os sentimentos.

Segundo (Blomkvist e Rutzel, 1944):

Os Psicodramatistas muitas vezes trabalham com a realidade suplementar sem levar em consideração a sua perspectiva filosófica. O Psicodrama normalmente se inicia com o problema do protagonista, e durante a sessão o drama retorna a experiências do inicio da infância para curar velhas feridas. Nesse caso a realidade suplementar e usada como técnica para completar e curar, para ter um efeito integrador sobre o ego, de forma que o protagonista se sinta melhor e consiga tocar para frente a sua vida. Levar ao palco um dialogo entre o protagonista e alguém que já morreu, ou atribuir e ele (a) um "novo" Pai ou Mãe são apenas dois exemplos dessa forma de usar a realidade suplementar.

No entanto, achamos que esse conceito e aplicação ortodoxos da Realidade Suplementar como técnica para atuar as fantasias e os desejos e, portanto, as necessidades do ego são um tanto quanto restritos e guardam pouca relação com o pleno potencial da Realidade Suplementar.

A Realidade Suplementar constitui mais um instrumento de desintegração e deveria ser considerada um instrumento teatral para que o Diretor crie desconforto, mal-estar e tensões no palco.



>> Solilóquio:

Técnica onde o Diretor congela a cena e solicita ao protagonista que fale em voz alta o que esta sentindo, esta fala trás a cena outras consignas levando a cena a outros pontos gerando catarse.

Segundo Moreno:

O Psicodrama teve que desenvolver numerosas técnicas para dar expressões aos níveis mais profundos do nosso mundo interpessoal. Uma dessas técnicas e o Solilóquio. Tem sido freqüentemente usado pelos dramaturgos para fins artísticos, como foi o caso de Eugene O 'Neil. Mais o solilóquio Psicodramatico tem um novo sentido. E usado pelo paciente para duplicar sentimentos e pensamentos ocultos que ele teve, realmente, numa situação com um parceiro em sua vida, o que tem aqui e agora, no momento do desempenho. O seu valor reside em sua veracidade. O seu propósito e a catarse.



>> Catarse de Interação:

Voltar ao locus da primeira dor.

O conceito Psicodramatico de catarse diz que a segunda vez tem a função de libertar a primeira, pois podemos fazer um novo registro de emoções que irão resignificar os conteúdos internos.

A catarse na compreensão de Moreno se descola do espectador para o ator e do ator novamente de volta para o espectador.

Para Moreno Catarse de Integração e a mobilização de afetos e emoções ocorridos na inter-relação, telicas ou transferências, de dois ou mais participantes de um grupo terapêutico durante uma dramatização ; não e simplesmente a libertação de energia dentro de se, significa evoluir, deixar um patamar para alcançar o outro.



>> Socionomia: 

O estudo geral das teorias de Moreno.

Socionomia e o conceito mais geral do Sistema Sociometrico. E o estudo das interações relacionais com os conceitos, espontaneidade, criatividade, conserva e a teoria do momento. Define-se como Socionomia a ciência que estuda as leis das interações grupais e sociais a partir dos seguimentos conceitos da Psicoterapia Interpessoal:

. SOCIUS - Companheiro; o indivíduo com o seu grupo.

. METRUM - Medida; e o estudo das relações interpessoais.

. DRAMA - Ação; Método Psicoterapeutico ou Terapêutico.



>> Sociodinamica: 

E a ciência da interpretação do estudo profundo dos grupos isolados e unidos e a sua estrutura dinâmica. Estuda o funcionamento das relações, a interpretação de papeis, a representação espontânea de papeis, o estudo da organização, compreensão e evolução dos grupos; e um diagnostico, uma técnica de aquecimento para ação e dramatização. Os principais instrumentos da Sociodinamicos são: 

. A interpretação de papeis, Role playing - treinamento e adequação de papeis.

. Representação Espontânea de Papeis.



>> Sociometria:

Como se mede as escolhas.

- Metrein = medir = Medida das relações sociais com as suas estruturas espontâneas, criativas ou conservadas dos grupos. Estuda a qualidade das correntes emocionais, a qualidade e a quantidade dos vínculos com as forcas da atração e repulsão. A organização Grupal com suas redes sociometricas, de comunicação e grupal. Permite conhecer a posição dos indivíduos no grupo: as redes sociometricas do grupo, seu líder popular, líder socioafetivo, membros isolados, rechaçados, com seu status Sociometrico ( cotas de amor e simpatia).



>> Sociatria: 

- laterais = terapêutico = Ciência dos tratamentos dos sistemas sociais. Para processar o tratamento das estruturas inter- relacionais: o indivíduo e o grupo possuem diferentes enquadre com objetivos terapêuticos ou Psicoterapeuticos específicos. Seus instrumentos sao:



* Psicoterapia de Grupo.

* Psicodrama.

* Sociodrama.

* Jogo Dramático.

* Psicodrama individual.

* Psicodrama Bi -pessoal.

* Psicodrama de Casal.

* Psicodrama Infantil.

* Psicodrama Publico.

* Sociodrama Institucional.

* Sociodrama Educacional.

* Sociodrama Familiar.



Fontes:

Apostila Psicodrama Modulo Básico - Graca Campos

MORENO, J.L. Psicodrama. Sao Paulo: Cultrix, 2003.

ZERKA, T Moreno - Realidade Suplementar - Ed Agora.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Realidade Suplementar

Realidade Suplementar

É uma liberação das convenções.É um encontro com o IMAGINÁRIO e com a intuição; há quem diga que é também um encontro com a espiritualidade.Tem um “quê” de ser sem tempo e sem espaço; uma realidade cósmica.



A Realidade Suplementar é um dos aspectos mais terapêuticos, misteriosos e facilitadores de mudanças do Sociopsicodrama.É um encontro com o imaginário e com a intuição, há quem diga que é também um encontro com a espiritualidade.Complementa a realidade, tudo é provável e possível, o tempo e espaço não existem.Sobre a frágil base da realidade a imaginação tece novas formas.


O sociopsicodrama não consiste apenas na encenação de episódios, passados, presentes e futuros, que são vivenciados e concebidos no cenário da realidade – um equivoco freqüente. Há no sociopsicodrama um tipo de experiência que ultrapassa a realidade, que oferece ao sujeito uma nova e extensiva experiência da realidade, uma realidade suplementar . Fui influenciado na cunhagem do termo “realidade suplementar” pelo conceito de Marx de “mais-valia”. O valor suplementar seria a parte do salário do trabalhador que lhe roubado pela empresa capitalista. Mas realidade suplementar, em contraste, não é uma perda, mas um enriquecimento da realidade por meio do investimento e do uso extensivo da imaginação. Essa expansão da experiência é possibilitada no sociopsicodrama pelos métodos não usados na vida – egos auxiliares, cadeira auxiliar, duplo, inversão de papeis, espelho, loja mágica, a cadeira alta, o bebê psicodramático, o solilóquio, o ensaio da vida e outros. (J.L. Moreno, 1965,4;212-3)

Os sociopsicodramatistas  muitas vezes trabalham com a realidade suplementar sem levar em consideração a sua perspectiva filosófica. O sociopsicodrama geralmente se inicia com o problema do protagonista, e durante a sessão o drama retorna a experiências do início da infância para curar velhas feridas, Nesse caso, a realidade suplementar é usada como em técnica para completar e curar, para ter um efeito integrador sobre o ego, de forma que o protagonista se sinta melhor e consiga tocar para frente a sua viada. Levar ao palco um diálogo entre o protagonista e alguém que já morreu, ou atribuir a ele (a) um “novo” pai ou mãe são apenas dois exemplos dessa forma de usar a realidade suplementar. ( Zerka T. Moreno)

Estudo de caso utilizando a realidade suplemtar:

Aquecimento inespecífico:

A diretora solicitou a cada membro do grupo que feche os olhos e reviva um momento importante da sua vida.
Após o reencontro com o momento, foi solicitado que os participantes redijam uma carta a pessoa integrante da vivencia.

Aquecimento específico:

Foi solicitado que o grupo formasse duplas, após cada um deveria ler a carta ao outro.
Após a leitura foi realizada inversão de papel onde a pessoa respondia ao a sua dupla a sua própria carta.

Foi realizada sociometria onde se elegeu uma carta a ser lida ao grupo.

Cena:

Foi realizada uma cena onde X pede desculpas a Y por ter roubado uma tarefa escolar na sua infância.

Compartilhar:

Alguns membros do grupo se identificaram com a cena, visto que na infância fizeram o mesmo ou algo parecido.

Reflexão:
A vivencia foi muito forte, emocionando membros do grupo antes mesmo de acabarem de redigir a carta.
Me levando a reflexão de que em muitos momentos a resposta está dentro de cada um, basta se permitir aliviar a mente, voltar ao momento de dor e nos entregar a uma solução.
Ressalto que este é um processo difícil, mas reconfortante.

Fonte: ZERKA, T Moreno - Realidade Suplementar - Ed Ágora

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

SOCIOPSICODRAMA X DANÇA


A Prof. Maria Inês Tavares Pinto Coelho,apresentou em sua aula, uma interface entre o Psicodrama e os espetáculos do Grupo Corpo: “21 e Lecuona”.

Neste encontro da rica apresentação do Grupo Corpo e o Psicodrama, obtivemos a oportunidade de ver a arte nos instruindo com relação as composição teórica, etapas, instrumentos e técnicas do Sociopsicodrama.


Sendo estas:

Psicodrama: Método terapêutico que busca a verdade interior através da AÇÃO, criado por Jacob Levy Moreno.

Ação: É a revelação das idéias e da imaginação em movimento. Cecília Caram

Matriz de Identidade: A matriz de identidade é um lugar pré-existente, modificado pelo nascimento do indivíduo, dissolve-se gradualmente, à medida que a criança vai ganhando autonomia.
O primeiro universo termina quando a experiência infantil de um mundo em que tudo é real começa a se decompor em fantasia e realidade. Moreno

Átomo Social: Configuração de todas as relações significativas de uma pessoa, criando novos relacionamentos.
É mutável, dinâmico, iniciado com a presença da figura materna e modificado com o passar do tempo.

Papel: É a forma de funcionamento que o indivíduo assume no momento em que reage a uma situação específica na quais outras pessoas ou objetos estão envolvidos.
Os papéis não decorrem do eu, mas a personalidade do indivíduo se forma pelo desenvolvimento de papéis.
Quando os papéis estão rígidos, repetimos o movimento e não criamos algo novo.

Conserva Cultural: É tudo o que se mantém repetitivo e idêntico em uma determinada cultura: valores, usos e costumes, padrões, o já produzido, o que já está pronto e concluído.
Todo resultado de um processo de criação pode cristalizar-se como conserva.

Espontaneidade: Capacidade do indivíduo dar uma resposta adequada a uma situação nova ou uma nova resposta a uma situação antiga.

Criatividade: Um ato gerado, uma produção inédita, estimulada e dirigida pela espontaneidade. O seu produto final, novo, transformador, renovador.

Tele: Percepção interna. Um ato gerado, uma produção inédita, estimulada e dirigida pela espontaneidade. O seu produto final, novo, transformador, renovador mútua entre dois indivíduos.
Comunicação recíproca, real, que compreende a empatia ocorrida em duas direções. Fator responsável pela comunicação imediata, não verbal, que aproxima duas pessoas.

Encontro: Realização própria através do outro. Mútua disponibilidade de duas pessoas capazes de se colocarem uma no lugar da outra.

Etapas do Sociopsicodrama:

Aquecimento: Criação de um clima inicial para liberar a espontaneidade, catalisar a criatividade e escolher o protagonista.

Dramatização: É o momento da ação: protagonista e egos-auxiliares em cena.

Sharing / Compartilhamento: É a participação terapêutica do grupo ao compartilhar sentimentos e emoções advindas da dramatização.

Processamento: Reflexões teóricas sobre a sessão de psicodrama vivenciada.

Instrumentos do Sociopsicodrama:

Diretor: Inicia a sessão, realiza o aquecimento, decide quem será o protagonista, intervém na dramatização e dirige os egos-auxiliares, encena a ação, coordena o “sharing”, o processamento e finaliza a sessão.

Protagonista (o cliente): Traz o tema, constrói o contexto dramático e dramatiza. É ator e autor.

Ego-auxiliar: Sendo um prolongamento do diretor e um apoio ao protagonista, o ego-auxiliar é uma espécie de intermediário entre eles. Talvez pudéssemos chamá-lo de coadjuvante.

Palco: Espaço onde se realizam as cenas.

Platéia (grupo): Observa, sente, reage, compartilha e co-labora com o protagonista.

Técnicas do Sociopsicodrama:

Inversão de Papeis:O protagonista repete a cena que acaba de representar assumindo o papel do outro. A pessoa, ao sair de si mesma, torna-se capaz de perceber objetivamente sua própria atitude em relação aos outros.

Duplo: Expressa todos os sentimentos e sensações que o protagonista não percebe ou evita explicitar na cena. Uma espécie de consciência auxiliar.
O ego-auxiliar coloca-se ao lado do protagonista, adotando ao máximo a sua atitude postural e afetiva, tentando identificar-se com ele e exprimir os seus sentimentos.

Solilóquio: Dizer em voz alta o que se está pensando como em uma conversa com seu próprio travesseiro.
Monólogo que faz surgir conteúdos não expressos, mas verdadeiros no mundo interior da pessoa e que precisa ser escutado por ela mesma.

Espelho: Técnica em que o sociopsicodramatista assume o lugar do protagonista, dando a ele a consciência de si mesmo.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

SMS – Sociopsicodrama Mundial Simultâneo


Foi realizado no dia 21/12 às 11h, em vários pontos do mundo o Sociopsicodrama Mundial Simultâneo.

Objetivo do evento foi juntos no mesmo momento refletirmos sobre: “O que posso fazer por mim, por minha família, pela minha cidade, pelo meu pais e pelo mundo?”.

Eu estive no IMPSI – Instituo Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno, onde pude prestigiar a Trup D’K, que realizou uma excelente intervenção onde o foco das vivencias foi o PRECONCEITO.

Confira as fotos abaixo: